Blogue Dr. Sergio Nunes

O que é e para que serve a vitamina D? 

A vitamina D é um micronutriente essencial para a saúde óssea e age em diversos órgãos trazendo benefícios ainda não totalmente compreendidos pela ciência. No nosso dia a dia nos deparamos com baixas fontes de consumo de vitamina D, e dependemos quase exclusivamente da produção própria pela pele através da exposição solar.

Em decorrência das baixas fontes dietéticas de vitamina D e da baixa exposição solar da população em geral, é alta a prevalência de déficit de vitamina D em São José dos Campos e região.

Na reumatologia a vitamina D é essencial para a saúde óssea, sendo um dos principais fatores na redução do risco de fraturas, tendo em vista seu papel na absorção do cálcio da dieta e alocação deste dentro do osso. Ela participa também na regulação do sistema imunológico, tendo impacto significativo no desenvolvimento e controle de algumas doenças autoimunes como a artrite reumatoide e o lúpus eritematoso sistêmico.


Quais os níveis corretos de vitamina D?

Não há um consenso claro para os níveis ideais de vitamina D, podendo ser considerado >20ng/ml para pessoas sem fatores de risco e >30ng/ml se presença de fatores de risco para fratura. Não é claro quais níveis de vitamina D geram benefício imunológico.

Entidades internacionais estabeleceram que o consumo diário de 800 a 1000UI/dia de vitamina D são seguros, não devendo ultrapassar 2.000UI/dia. Na prática clínica utilizamos os níveis séricos de vitamina D para estipular a dose diária ou semanal necessária para cada paciente.


Como tratar?

Em pessoas com fatores de risco (doenças reumáticas inflamatórias, osteopenia, osteoporose, uso crônico de corticoides, entre outras doenças) utilizamos doses elevadas de reposição se a vitamina D está menor do que 30ng/ml. Quando identificamos níveis adequados, passamos para doses de manutenção para que não haja nova queda dos níveis do micronutriente.

O excesso de vitamina D também pode ser um problema, e quando ultrapassa 60ng/ml pode haver um aumento significativo do cálcio no sangue, gerando problemas como insuficiência renal e arritmias cardíacas fatais.

Uma vez instituída a terapia de manutenção, o paciente não deve cessar o uso da vitamina, a não ser por orientação médica

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Fonte: Sociedade Brasileira de Reumatologia, Recomendações da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Dr. Sergio Nunes - Reumatologista
CRM 177.155


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